O Navio Escola Sagres parte esta sexta-feira, dia 27, da Base Naval de Lisboa, do Alfeite (em Almada), rumo aos Estados Unidos da América, numa viagem em que será, mais uma vez, um Embaixador de Portugal. O Navio Escola Sagres recebeu a bordo S. Exa. o Presidente da República de Portugal no âmbito das comemorações do 10 de Junho, que este ano se estendem aos EUA, motivando um conjunto de eventos e acções promocionais de Portugal, designado como “Junho – Mês de Portugal nos EUA”. A Sagres parte esta semana rumo ás Américas onde escalará, entre outros, os portos de Filadélfia, Nova Iorque, New Bedford e Boston (onde se integrará nas cerimónias do 10 de Junho), seguindo depois para Halifax (Canadá), Fort Lauderdale – Miami (EUA), Willemstad (Curaçao), e Cartagena das Índias (Colômbia).

 

A bordo seguem quatro cascos de Moscatel de Setúbal da José Maria da Fonseca, cumprindo mais uma vez a tradição do Moscatel de Torna-Viagem. A bordo seguem também um lote de vinhos da Península de Setúbal com destino aos eventos promovidos pela AICEP no âmbito do “Junho – Mês de Portugal nos EUA”.

 

Para Henrique Soares, Presidente da Comissão vitivinícola Regional da Península de Setúbal, ‘A Península de Setúbal sempre teve uma forte ligação ao mar e consequentemente à Marinha, pelo que esta parceria com o Navio Escola Sagres é frequente e é um enorme orgulho para a região poder colocar a bordo um dos seus tesouros. Este ano é ainda mais especial pois definimos estrategicamente os EUA como um mercado prioritário para os Vinhos da Península de Setúbal no próximo triénio, estando previstas até ao final de 2018 diversas ações de promoção com destaque para as que vão decorrer em Houston (Texas) e Miami (Florida).

Torna Viagem: uma experiência centenária | A José Maria da Fonseca descobriu o Torna Viagem há mais de um século. Na época em que navios cruzavam os mares do Mundo fazendo todo o tipo de comércio, era comum levarem à consignação cascos de Moscatel de Setúbal. Os comandantes, que recebiam uma comissão pelo que vendiam, nem sempre os conseguiam comercializar na totalidade. Na volta a Portugal, depois do périplo, em que se submetiam a diversos climas e significativas variações de temperatura, os cascos eram devolvidos à Casa Mãe. Ao serem abertos, o resultado era quase sempre uma grata surpresa: geralmente o vinho estava bastante melhor do que antes de embarcar. A passagem pelos trópicos, a caminho do Brasil, África ou Índia, quando atravessava por uma ou mais vezes a linha do Equador, melhorava a qualidade do Moscatel de Setúbal e conferia-lhe grande complexidade.