Choco frito (e grelhado, e não só), as riquezas de mar e terra de Sesimbra, boas mesas em Alcochete e brancos monovarietais que casam com tudo o que o Verão pede. Está tudo na próxima edição da Solo.

A distância do mar é sempre relativa numa região como a Península de Setúbal. Mesmo o recanto mais interior do território estará a coisa de meia hora da borda de água. Ainda assim, a edição de Verão da revista Solo, disponível com a edição de 29 de Junho do PÚBLICO, combina vinhos e férias com vistas de mar, para que se tome o máximo partido dos dias de calor.

Sesimbra é o primeiro alfinete no mapa. O nome é sinónimo imediato de praia, mas também de abundância: de pão tradicional de forno a lenha, de queijo de ovelha de pasto, de vinhos que fogem ao rebanho. Para não falar no óbvio, uma oferta de peixe (e marisco) que leva o selo promocional de “o melhor do mundo”. Se é ou não é, compete a cada um provar e avaliar. A única certeza absoluta é a de que é difícil sair daqui mal servido.


De olhos no estuário do Sado, trazemos a lume outro grande embaixador da região, o choco – que, avisa a jornalista Catarina Moura, “Se é frito, não é de Setúbal”. Mas não se pense que há aqui armadilha para turistas, afinal o rio azul é rico neste gastrópode que se tornou brasão da cidade. “O choco do estuário do Sado é assunto para grelhadores.” E para outras aplicações, incluindo cozinha de autor, versões petisqueiras e as chamadas “ovas” que, afinal, são outra coisa qualquer (mas não menos deliciosa). E o sommelier Manuel Moreira ajuda a encontrar os vinhos para dar ao choco a companhia certa.


À beira do outro grande rio que banha a região, traçamos um roteiro para ver e provar Alcochete. Os ventos marítimos do estuário do Tejo pedem peixe na grelha, mas a mesa te também espaço para petiscos, produtos das salinas, fogaças e, como não podia deixar de ser, vinhos que dão brilho a tudo isto.


Por falar em vinhos (e em comidas com sabor a mar), o crítico Edgardo Pacheco sentou-se diante da mesa de provas para rever a oferta de brancos monovarietais da região. Do lote de 17 vinhos, com 11 castas representadas, salta à vista – e ao nariz e ao palato – do crítico o potencial das variedades encruzado e fernão pires.


Os trilhos do vinho levam-nos, por fim, à adega antiga da Venâncio da Costa Lima (com tempo para contemplar as grutas neolíticas da Quinta do Anjo) e às vinhas arenosas da Herdade de Espirra.

Fonte: Público