ORIGEM
EM CADA PARTE,
CARACTERÍSTICAS ÚNICAS.
EM TODA A REGIÃO,
UMA PRODUÇÃO SINGULAR.
Bem-vindo à Região da Península Setúbal. Com uma área total de cerca de 9.500ha de vinhas a nossa viticultura é o somatório de muitas parcelas distribuídas pelos 13 concelhos que compõem o Distrito de Setúbal, sendo a maior incidência em: Palmela, Montijo, Setúbal, Grândola e Alcácer do Sal.
UMA TERRA ONDE FAZER O VINHO
É UMA TRADIÇÃO. E DEGUSTÁ-LO
DÁ UM IMENSO PRAZER.
A história vitivinícola da região da Península de Setúbal perde-se no tempo. Aqui foram plantadas as primeiras vinhas da Península Ibérica, em cerca de 2.000 a.C., dando início a uma tradição que foi renovada em 1907, com a demarcação da Região do Moscatel de Setúbal, e que sobrevive até hoje, sendo a segunda mais antiga região demarcada de Portugal.
Daqui saem alguns dos melhores vinhos portugueses, cuja qualidade se firmou a partir de uma biodiversidade riquíssima. Nenhuma outra região de Portugal tem tantas diferenças geográficas, com a existência de planícies, serras e encostas, além dos Rios Sado e Tejo e a proximidade com o Oceano Atlântico.
Extensa em território e com clima mediterrânico – tempo quente e seco no verão e relativamente frio e chuvoso
no inverno –, a Península de Setúbal é uma região que permite a obtenção de vinhos carismáticos, com personalidade forte e traços de caráter únicos, com uma singular relação entre qualidade e preço.
A presença de vinhas em terras planas compostas por solos de areia perfeitamente adaptados à produção de uvas de qualidade, bem como de um relevo mais acentuado, com vinhas plantadas em solo argilo-calcários, protegidos do Oceano Atlântico pela Serra da Arrábida, resulta numa produção de vinhos reconhecida nacional e internacionalmente.
Provavelmente já bebeu um vinho da Região da Península de Setúbal, apenas não conhecia a sua origem. Já é hora de reencontrar esse prazer.
VINHOS E ÁREAS GEOGRÁFICAS PROTEGIDAS
CONHEÇA AS DIFERENÇAS
QUE TORNAM O NOSSO VINHO ÚNICO.
As designações de Denominação de Origem (D.O.) e Indicação Geográfica (I.G) indicam os vinhos de acordo com a sua origem, características e castas. É esta certificação que garante a qualidade dos vinhos que irá consumir. Desde o plantio até o engarrafamento, os vinhos da Península de Setúbal são avaliados e controlados pela CVRPS, chegando à sua mesa com 3 possíveis classificações: D.O. Palmela, D.O. Setúbal e I.G. Península de Setúbal (Vinho Regional).
D.O. PALMELA:
UMA PERSONALIDADE FORTE, SINGULAR, CARISMÁTICA.
Abrangendo os concelhos de Setúbal, Palmela, Montijo e, ainda, a freguesia do Castelo, no concelho de Sesimbra, a D.O. Palmela cobre a mesma área que a D.O. Setúbal, mas exclui a produção de Moscatel de Setúbal.
Aqui, tanto nos tintos como nos brancos, há uma utilização predominante de certas castas que permitem produzir vinhos carismáticos, com personalidades fortes.
Os vinhos tintos D.O. Palmela devem conter a casta Castelão, conhecida tradicionalmente por Periquita, em pelo menos 67% da sua produção. São, na sua maioria, vinhos tranquilos, ou seja, não são gaseificados. São caracteristicamente bastante aromáticos, com grande capacidade de envelhecimento e estruturados. Os jovens e os mais velhos distinguem-se pelo perfil e aromas. Enquanto que os primeiros são caraterizados por aromas como a cereja, a groselha e a framboesa, os mais velhos abarcam outros aromas mais secos, como a bolota e o pinhão.
Entre as castas aptas à produção de vinhos brancos D.O. Palmela, predominam a Fernão Pires, Moscatel de Setúbal e Arinto. Enquanto as duas primeiras transmitem o seu marcante aroma floral e de frutos tropicais, a casta Arinto garante uma sólida e prolongada frescura, originando vinhos tranquilos com boa estrutura e aroma floral e frutado, que os tornam insinuantes e muito atrativos.
Também são certificados com a denominação D.O. Palmela, vinhos tranquilos rosados, vinhos espumantes, licorosos e frisantes.
D.O. SETÚBAL:
A REGIÃO DE EXCELÊNCIA DO MOSCATEL DE SETÚBAL.
Esta designação abrange a mesma região dos vinhos produzidos com a D.O. Palmela, contudo difere em relação ao tipo de vinho produzido, que é licoroso. É a segunda mais antiga região demarcada em Portugal, tendo sido delimitada em 1907.
Na D.O. Setúbal, são elaborados exclusivamente vinhos generosos – licorosos de forte personalidade – conhecidos como o Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo de Setúbal, visto que devem ter pelo menos 85% da casta Moscatel de Setúbal ou Moscatel Roxo na sua produção. É a região produtora deste tipo de vinho, cuja delicadeza, perfume, longevidade, elegância e modernidade, o tornam único e especial.
Este vinho generoso branco é caracterizado pelas suas qualidades especiais de aroma e sabores peculiares e inconfundíveis; características que resultam das condições de solo e clima e, sobretudo, da casta Moscatel de Setúbal, considerada a mais aromática do mundo. São também únicos pela inédita presença de acidez, que os torna surpreendentes.
De cor dourada, que vai do topázio claro ao âmbar, aroma floral exótico, insinuando a flor de laranjeira e a tília, e até por vezes rosas, os estilos variam. Os vinhos novos têm toques de mel, citrinos, líchias, peras e tâmaras, enquanto que os mais velhos proporcionam aromas mais complexos e subtis, com notas de frutos secos como avelãs, amêndoas e nozes.
Referido por Ferreira da Lapa como a “Quinta Essência dos Moscatéis”, este vinho generoso possui um aroma mais seco e complexo do que o Moscatel de Setúbal, mas não menos rico. É produzido a partir da casta rosada Moscatel Roxo, cuja presença exigida pela regulamentação comunitária europeia é de 85% do lote, mas que, por tradição, os vitivinicultores da região elaboram com 100%, tornando-o um vinho monocasta.
A prova excede as expectativas criadas pelo aroma, exibindo um paladar finíssimo onde ressaltam as especiarias e as compotas de ginja e figo.
file_download Legislação D.O. Setúbal
file_download Portaria 118 (2014)
I.G. PENÍNSULA DE SETÚBAL:
DIFERENTES PERSONALIDADES, QUALIDADE CONSISTENTE.
A área geográfica de produção da I.G. Península de Setúbal, também chamada de Vinho Regional da Península de Setúbal, abrange todo o Distrito de Setúbal.
Aqui, a palavra-chave é diversidade de castas. Esta I.G. permite produzir vinhos tintos e brancos com personalidades distintas, mas com uma qualidade transversal, que agrada a uma grande diversidade de consumidores.
Vinhos multifacetados
A diversidade das castas que podem ser utilizadas na elaboração destes vinhos, a par de alguma heterogeneidade de solos, exposições e proximidade diversa ao oceano Atlântico (que se estende por toda a Península de Tróia e abrange, no seu extremo sul, o concelho de Santiago do Cacém), leva a que se produzam vinhos de destacada qualidade e de diferentes características, que vão ao encontro de uma vasta gama de preferências dos consumidores.
Há vinhos varietais (elaborados apenas como uma casta), que trazem em si o comportamento aromático e gustativo de alguma das mais importantes castas nacionais, como Touriga Nacional, Aragonez, Alicante Bouschet, Trincadeira ou Touriga Franca, e internacionais, como Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot. E também outras apresentações típicas de lote de castas que, com ou sem o contributo de estágio em barrica, cativam os mais exigentes públicos com a sua boa presença aromática e uma prova que impressiona os sentidos.