Sopa Caramela, caminhadas na Arrábida, vinhos topo de gama que casam com dias frios: Há muito para descobrir na Península de Setúbal. No próximo sábado, com o PÚBLICO.

Mesmo com os dias de praia no retrovisor, não é motivo para voltarmos costas a um destino que tem no mar um dos seus grandes polos de atracão. Se as temperaturas descem, voltemo-nos para dentro do território – e isto não significa enfiarmo-nos entre quatro paredes.

Na edição de Inverno da Solo, a revista do Público sobre vinhos e viagens com raiz na Península de Setúbal, calçamos as botas de caminhada (ou as de montar a cavalo) e fazemo-nos aos trilhos do Parque Natural da Arrábida, bem mais transitáveis em dias de temperaturas amenas do que no pico do Verão. Pelo caminho, surgem produtores de vinho, de licores, de doçaria firmemente ligados ao chão que pisam, mas também restaurantes com vista para o território – seja a partir da janela, do prato ou do copo.

Ainda com o sentido na mesa, desenhamos um roteiro de bem comer e bem beber entre Almada e Cacilhas, com bolos do passado, pratos do dia e cocktails do futuro. No Barreiro, encontramos um restaurante de balcão que quer abocanhar todo o território, daí apropriadamente se chamar Voraz. E, para dar conforto a dias invernosos, sentamo-nos à mesa com a Confraria da Sopa Caramela, para descobrir e dar a descobrir a história deste prato que se tornou símbolo identitário do município de Palmela. E o sommelier Manuel Moreira dá pistas para os vinhos que melhor companhia fazem à substancial sopa de “feijão, couve e memória colectiva”, como lhe chama a jornalista Catarina Moura.

Sem desviar do assunto dos vinhos, fio condutor para a descoberta do território da Península de Setúbal a bordo da Solo, falamos de agricultura sintrópica e regenerativa com Luís Mota Capitão, na Herdade do Cebolal, e metemos à prova 14 vinhos topo de gama, pela mão do jornalista de vinhos e gastronomia Edgardo Pacheco – com uma reflexão sobre o potencial imenso que há na casta castelão de vinhas velhas, um tesouro regional que, nem de propósito, acaba de dar origem a uma nova categoria de vinhos especiais. Há muito para descobrir do outro lado da foz do Tejo.

Fonte: Público